Para explicar melhor, com a popularização da profissão DJ, por conta da internet, dos ex-bbb's, modelos e artistas esquecidos pela mídia, a qualidade musical da maioria das baladas espalhadas pelo país está em queda livre.
O DJ é um artista assim como um ator, mas não como um ex-bbb ou um modelo, são áreas diferentes. E mais, o DJ, além de artista, ele é um músico cujo seu instrumento é eletrônico mas que necessita de um conhecimento ritmico, no mínimo. Isso é que faz um um DJ ter a possibilidade de crescer tanto profissionalmente quanto tecnicamente.
No entanto, ultimamente tem aparecido um DJ a cada esquina e fazendo o que dá na cabeça. Não somos contra a liberdade de expressão ainda mais quando utiliza a arte como meio, mas é que por essas e outras é que o DJ está sendo desvalorizado na mesma velocidade do crescimento econômico do nordeste.
Por falar em nordeste, mercado qual eu participo, ontem, em um evento da área de marketing digital, trocamos umas idéias com o DJ Sardinha, um dos pioneiros em Recife. Ele é de acordo que no Nordeste (Recife, pecisamente) o mercado pra DJ tem apenas duas vertentes: A da música eletrônica (Trance, House, Tribal e etc.) e a do comercial (o que o povo escuta nas rádios de massa e querem transmitir pra pista). O que não é compatível é que a pista de dança foi feita para os DJ's mostrarem seu conhecimento, não colocando apenas músicas que a galera canta, mas as que mais agitam e as novidades que fazem o ouvinte querer escutar em casa. Essa ERA o conceito. Agora mudou.
Hoje em dia, com o aumento do poder aquisitivo econômico, muita gente tem acesso à softwares e equipamentos de DJ como também atualmente contratar um DJ para animar a sua festa ficou BEM mais fácil.
Como a lei do mercado prega que o cliente tem SEMPRE razão, juntamente com o poder que lhe foi dado, as pessoas contratam um DJ para tocar somente aquilo que eles querem ouvir, fazendo com que na maioria das vezes o talento do DJ seja camuflado.
No nosso conceito, isso se chama Operador de Music Player.
Até porque, quando você contrata um artista, você o contratou pelo o que ele lançou na praça. Tudo bem que hoje existem artistas que simplesmente tocam de tudo, mas é como diz o velho sábio: "Quem faz de tudo, não faz nada."
Por isso, enquanto existir pessoas que só entram na onda para ganhar um TROCADO QUALQUER (até porque esse tipo de atitude não rende muita grana), é justamente por esse comportamento que o consumidor deita e rola no artista de menos expressão, e olhe lá se isso já não se extende a grandes artistas. Estamos cansados de ver gente mudando de estilo para não deixar de vender.
Pois é, o mercado musical se corrompeu, assim como a sociedade.
Mas os DJ's de verdade, nunca negarão as suas raízes, até porque é nelas que eles mostram sua força.
Erick Lima - DJ K Lima (DJ desde 2009)
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